segunda-feira, 24 de maio de 2010

Saude da Mulher

Prezados alunos da turma de saúde da mulher;
Segue material da aula de periodos clínicos do trabalho de parto.
Manual do Ministério da Saúde ( Parto, aborto e puerpério) + aula.
Bom estudo;
S de P B.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Disiciplina Saúde da Mulher

Alunos da turma de Saúde da Mulher;
Estou colocando o manual de DST e outros materais relacionados as aulas da disciplina.
Abrçs a todos e todas.
S. de P.

domingo, 9 de maio de 2010

Concursos públicos

Oi pessoal!
Estamos na era dos concursos públicos, sejam eles municipais, estaduais ou federais, vejam sempre as paginas da secretaria de estado, do coren, e do próprio Ministério da Saúde na janela "profissionais de saúde", lá sempre estão postadas as cahamadas para os concursos.
Para concursos de docentes universitários tem o prosseguir, é digitar no google "PROSSEGUIR" e entrar.
Enfim, estou postando material de estudo sobre politica pública de saúde e caderno de questões.
Bom estudo
Valeu!
S. de P.
Atitude: Estabelecer cronograma diário de estudo.

domingo, 2 de maio de 2010

Tema: Livro Barbara Starfield

Prezados alunos e colegas;
segue o link com o download do livro de Barbara Starfield.
Esse livro é um clássico para aqueles que pretendem seguir a carreira na área de saúde publica e saúde da família, e por quaisquer outros que tiverem interesse pela obra.
Esse livro é de facil leitura e entendimento, e consegue de forma clara demonstrar o panorama sanitário global, e suas tendências. Vale a pena...eu recomendo.
Boa leitura
S.de P.
http://unesdoc.unesco.org/images/0013/001308/130805por.pdf

Gravidez Fecundação

Gravidez inicio

Programa Saúde da Família (PSF) - UNIVIX

Tema:Exames do Pré Natal

Alunos da disciplina Saude da Mulher segue texto sobre interpretação de exames.
Atitude: Levar para ambulatorio
Até mais.
S.


HEMOGRAMA COMPLETO

A- ERITROGRAMA

O eritrograma é a primeira parte do hemograma. É o estudo da série vermelha, ou seja, das hemácias, também chamadas de eritrócitos.

Vejam esse exemplo fictício abaixo. Lembrando que os valores de referência podem variar entre laboratórios.


Os 3 primeiros dados, contagem de hemácias, hemoglobina e hematócrito, são analisados em conjunto. Quando estão reduzidos, indicam anemia, baixo número de glóbulos vermelhos no sangue. Quando estão elevados indicam policitemia, que é o excesso de hemácias circulantes.

O hematócrito é o percentual do sangue que é ocupado pelas hemácias. Um hematócrito de 45% significa que 45% do sangue é compostos por hemácias. Os outros 55% são basicamente água e todas as outras substâncias diluídas. Pode-se notar, portanto, que praticamente metade do sangue é na verdade composto por células vermelhas.

Se por um lado, a falta de hemácias prejudica o transporte de oxigênio, por outro, células vermelhas em excesso deixam o sangue muito espesso, atrapalhando seu fluxo e favorecendo a formação de coágulos.

A hemoglobina é uma molécula que fica dentro da hemácia. É a responsável pelo transporte de oxigênio. Na prática, a dosagem de hemoglobina acaba sendo a mais precisa na avaliação de uma anemia.

O volume globular médio (VGM) ou volume corpuscular médio (VCM), mede o tamanho das hemácias. VCM elevado indica hemácias macrocíticas, ou seja, grandes. VCM reduzidos indicam hemácias microcíticas, ou de tamanhos diminuídos.

Esse dado ajuda a diferenciar os vários tipos de anemia. Por exemplo, anemias por carência de ácido fólico cursam com hemácias grandes, enquanto que, anemias por falta de ferro se apresentam com hemácias pequenas. Existem também as anemias com hemácias de tamanho normal.

Alcoolismo é uma causa de VCM aumentado (macrocitose) sem anemia

O CHCM (concentração de hemoglobina corpuscular média) ou CHGM (concentração de hemoglobina globular média) avalia a concentração de hemoglobina dentro da hemácia.

o HCM (hemoglobina corpuscular média) ou HGM (hemoglobina globular média) é o peso da hemoglobina dentro das hemácias.

Os dois valores indicam a basicamente a mesma coisa, a quantidade de hemoglobina nas hemácias. Quando as hemácias têm pouca hemoglobina, elas são ditas hipocrômicas.
Quando têm muita, são hipercrômicas.

Assim como o VCM , é usado para diferenciar os vários tipos de anemia.

B- LEUCOGRAMA

Os leucograma é a parte do hemograma que avalia os leucócitos. Estes são também conhecidos como série branca ou glóbulos brancos. São as células de defesa responsáveis por combater agentes invasores.


Os leucócitos são, na verdade, um grupo de diferentes células, com diferentes funções no sistema imune. Alguns leucócitos atacam diretamente o invasor, outros produzem anticorpos, outros apenas fazem a identificação e assim por diante.

Existem 5 tipos de leucócitos, cada um com suas particularidades, a saber:

1) Neutrófilos

O neutrófilo é o tipo de leucócito mais comum. Representam em média de 45% a 75% dos leucócitos circulantes. Os neutrófilos são especializados no combate a bactérias. Quando há uma infecção bacteriana, a medula óssea aumenta a sua produção, fazendo com que sua concentração sanguínea se eleve. Portanto, quando temos um aumento do número de leucócitos totais, causado basicamente pela elevação dos neutrófilos, estamos provavelmente diante de um quadro infeccioso bacteriano.

Os neutrófilos tem um tempo de vida de aproximadamente 24-48 horas. Por isso, assim que o processo infeccioso é controlado, e a medula reduz a produção de novas células, seu níveis sanguíneos retornam rapidamente aos valores basais.

Neutrofilia = aumento do número de neutrófilos
Neutropenia = redução do número de neutrófilos

2) Segmentados ou bastões

Os segmentados ou bastões são os neutrófilos jovens. Quando estamos infectados a medula óssea aumenta rapidamente a produção de leucócitos e acaba por lançar na corrente sanguíneas neutrófilos jovens recém-produzidos. A infecção deve ser controlada rapidamente, por isso, não há tempo para esperar que essas células fiquem maduras, antes de lança-las ao combate. Em uma guerra o exército não manda só os seus soldados mais experientes, ele manda aqueles que estão disponíveis.

O normal é que apenas 4 a 5% dos neutrófilos circulantes sejam bastões. A presença de um percentual maior de células jovens também é uma dica de que possa haver um processo infeccioso em curso.

3) Linfócitos

Os linfócitos são o 2º tipo mais comum. Representam de 15 a 45% dos leucócitos no sangue.

Os linfócitos são as principais linhas de defesa contra infecções por vírus e contra o surgimento de tumores. São eles também os responsáveis pela produção dos anticorpos.

Quando temos um processo viral em curso, o mais comum é que o número de linfócitos aumente, às vezes, ultrapassando o número de neutrófilos e tornando-se o tipo de leucócito mais presente na circulação.

Os linfócitos são as células que fazem o reconhecimento de organismos estranhos, iniciando o processo de ativação do sistema imune. É por isso que os linfócitos são os principais alvos dos medicamentos imunosupressores usados nos transplantes.
Os linfócitos também são as células atacadas pelo vírus HIV. Este é um dos motivos da AIDS causar imunossupressão.

Linfocitose = aumento do número de linfócitos
Linfopenia = redução do número de linfócitos

4) Monócitos

Os monócitos normalmente representam de 3 a 10% dos leucócitos circulantes. São ativados tanto em processos virais e bacterianos. Quando um tecido está sendo invadido por algum germe o sistema imune encaminha os monócitos para o local infectado. Este se ativa, transformando-se em macrófago, uma célula capaz de "comer" microorganismos invasores.

Os monócitos tipicamente se elevam nos casos de infecções, principalmente naquelas mais crônicas como a tuberculose.

5) Eosinófilos

Os eosinófilos são os leucócitos responsáveis pelo combate de parasitas e pelo mecanismo da alergia. Apenas 1 a 5% dos leucócitos circulantes são eosinófilos.

O aumento de eosinófilos ocorre em pessoas alérgicas, asmáticas ou em casos de infecção intestinal por parasitas.Ex: esquistossomose, ascaridíase.

Eosifililia = aumento do número de eosinófilos
Eosinopenia = redução do número de eosinófilos

6) Basófilos

Os basófilos são o tipo menos comum de leucócitos no sangue. Representam de 0 a 2% dos glóbulos brancos. Sua elevação normalmente ocorre em processos alérgicos e estados de inflamação crônica.

Quando os leucócitos estão aumentados damos o nome de leucocitose.
Quando estão diminuídos chamamos de leucopenia.

Quando notamos aumento ou redução dos valores dos leucócitos, é importante ver qual das 6 linhagens descritas anteriormente é a responsável por essa alteração.

Grandes elevações podem ocorrer nas leucemias, que é que o câncer dos leucócitos.

As leucopenias normalmente ocorrem por lesões na medula óssea. Podem ser por quimioterapia, por drogas, por invasão de células cancerígenas ou por invasão por microorganismos.

C- PLAQUETAS

As plaquetas são as células responsáveis pelo início do processo de coagulação. Quando um tecido de qualquer vaso sanguíneo é lesado, o organismo rapidamente convoca suas plaquetas para que se direcionem ao sítio da lesão. As plaquetas se agrupam e formam um trombo, uma espécie de rolha ou tampão, que imediatamente estaca o sangramento. Graças a ação das plaquetas, o organismo tem tempo de reparar os tecido lesados sem que haja muita perda de sangue.

O valor normal das plaquetas varia entre 150.000 a 450.000 por microlitro. Porém, até valores próximos de 50.000, o organismo não apresenta dificuldades em iniciar a coagulação.

Quando os valores se encontram abaixo dos 10.000 há risco de morte uma vez que pode haver sangramentos espontâneos.

Trombocitopenia é a redução da concentração de plaquetas no sangue. Trombocitose é o aumento.

A dosagem de plaquetas é importante antes de cirurgias e para avaliar quadro de sangramentos sem causa definida.

URINA ROTINA (EAS)

Proteínas:

A maioria das proteínas não são filtradas pelo rim, e por isso, em situações normais, não devem estar presentes na urina. Na verdade, existe apenas uma pequena quantidade de proteínas na urina, mas são tão poucas que não costumam ser detectadas. Portanto, o normal é a ausência de proteínas.

A presença de proteínas na urina se chama proteinúria, pode indicar doença renal e deve ser sempre investigada; indicativo de pré eclampsia.

e) Hemácias (sangue):

Assim como nas proteínas, a quantidade de hemácias (glóbulos vermelhos) na urina é desprezível e não consegue ser detectada.
O normal é haver ausência de hemácias (hemoglobina).

A presença de sangue na urina chama-se hematúria, e pode ocorrer por diversos motivos, desde um falso positivo devido a menstruação, até infecções ITU, pedras nos rins e doenças renais graves.

Uma vez detectada a hematúria, o próximo passo é avaliar a clinica e os sintomas da gestante e encaminhar ao ginecologista se necessário.Se necessário solicitar urocultura.


f) Leucócitos ou piócitos

Os leucócitos (piócitos) são os glóbulos brancos, nossas células de defesa. A sua presença costuma indicar atividade inflamatória nas vias urinárias.
Em geral sugere infecção urinária, mas pode estar presente em várias outras situações.
Pode-se simplificar e dizer que leucócitos na urina significa pus na urina.

g) Cetonas ou corpos cetônicos:

Os corpos cetônicos são produtos da metabolização das gorduras. Normalmente não estão presentes na urina. A sua detecção pode indicar diabetes descompensado ou jejum prolongado.

f) Urobilinogênio e bilirrubina

Também normalmente ausentes na urina, podem indicar doença hepática (fígado)


g) Nitritos

A urina é rica em nitratos. A presença de bactérias na urina transforma esses nitratos em nitritos.

Na verdade, o EAS apenas sugere infecção. A presença de hemácias, associado a leucócitos e nitritos positivos, fala muito a favor de infecção urinária, porém, o exame de certeza é a urocultura.

h) Cristais

Esse é talvez o resultado mais mal interpretado, tanto por pacientes como por alguns médicos. A presença de cristais na urina, principalmente de oxalato de cálcio, não tem nenhuma importância clínica. Ao contrário do que se possa imaginar, a presença de cristais não indica uma propensão a formação de cálculos renais.

Os únicos cristais com relevância clínica são:
- Cristais de cistina
- Cristais de magnésio-amonio-fosfato (estruvita)
- Cristais de tirosina
- Cristais de bilirrubina
- Cristais de colesterol
A presença de cristais de ácido úrico, se em grande quantidade, também deve ser valorizada.
Nesses casos encaminhar ao ginecologista de referencia


i) Células epiteliais e cilindros

A presença de células epiteliais é normal. São as próprias células do trato urinário que descamam. Elas só tem valor quando presente em cilindros.

Como os túbulos renais são cilíndricos, toda vez que temos alguma substância em grande quantidade na urina, elas se agrupam em forma de um cilindro. A presença de cilindros indica que esta substância veio dos túbulos renais .
Os cilindros que podem indicar alguma alteração são:

- Cilindros hemáticos (sangue) = Indica glomerulonefrite
- Cilindros leucocitários = Indicam inflamação dos rins- pielonefrite.
- Cilindros epiteliais = indicam lesão dos túbulos
- Cilindros gordurosos = indicam proteinúria

Cilindros hialinos não indicam doença, mas pode ser um sinal de desidratação.

A presença de muco é inespecífica e normalmente ocorre pelo acúmulo de células epiteliais com cristais e leucócitos. Tem pouquíssima utilidade clínica. É mais uma observação.